O uso de anabolizantes-androgénicos durante largos períodos de tempo, em doses supra-fisiológicas conduz a uma inibição da função testicular, com diminuição da espermatogénese e da testosterona. Para repor a normalidade do eixo hipotálamo-hipofisário com retorno aos níveis normais de testosterona e espermatozoides, a utilização de gonadotrofinas coriónicas humanas é talvez a melhor solução por vezes em conjunto com o clomifeno[1]. Esta utilização provoca no entanto um acentuado efeito de stress oxidativo com consequente apoptose das células de leydig nos testículos, o que em alguns indivíduos se pode revelar contraproducente, sendo então os efeitos paradoxais.
Estudos recentes provam que a inclusão de N-acetilcisteína em duas doses semanais durante a utilização das gonadotrofinas, reduzem os efeitos do stress oxidativo e acabam por potencializar o efeito hormonal. Parece que esta atividade sinérgica positiva se fica a dever ao facto de este aminoácido derivado, ser precursor do tripéptido glutatião em particular ao nível dos tecidos das gónadas.
[1] Substância anti-estrogénica, que possui ainda um efeito estimulante das gonadas masculinas e femininas, através de um estímulo direto sobre a hipófise.
Autor > Eduardo Ribeiro, CEO Departamento cientifico | Controle de Qualidade| Investigação e Desenvolvimento– BIOGAL, Biologia de Portugal Lda.